Olá Vêvévianos,
Vamos falar um pouco sobre o livro e filme incríveis de Psicose?
Esse deve ser um dos poucos casos no qual o filme fez, e ainda faz, mais sucesso do que o filme.
Geralmente mesmo quando há o livro e filme é que fica mais famoso, ou a adaptação agrada mais ao publico, ainda assim o fato do publico saber da existência do livro ainda existe. Mas no caso de Psicose, muitos não sabiam dessa existência, pelo menos não antes da Darkside lanças o livro aqui no Brasil em duas edições incríveis.
E quem não conhece a famosa cena da garota morrendo no chuveiro? (Não chega nem a ser Spoiler mais.)
Quem não conhece o famoso efeito sonoro (Ein-ein-ein-ein) usado de quando a faca está a caminho de atingir a garota? (Fale a verdade, você já até usou isso como brincadeira, sem nem mesmo saber de onde veio... kkk...)
Então antes de mais nada, vá ver o filme e ler o livro, pois ambos são ótimos!
O LIVRO:
Psicose se trata então de Norman Bates, um homem na faixa dos 40 anos, acima do peso e que não consegue levar muito bem uma conversa, devido ao fato de viver "solitariamente" no Motel que administra, o Bates Motel.
Mas é a chegada de uma hospede ao Motel que faz a vida de Norman mudar.
Mary Crane é uma jovem de vinte e sete anos, que está fugindo por ter acabado de roubar 40 mil dólares da imobiliária onde trabalha, para ajudar o noivo a pagar as dividas e assim poderem casar. Durante a fuga Mary troca de carro e acaba indo parar em um Motel no meio do nada, em meio a uma tempestade.
O Bates Motel fica localizado na antiga rodovia, mas quase não recebe mais hospedes devido ao desvio que foi construído do outro lado da cidade, facilitando o acesso de quem vai naquela direção. Por tanto só quem acaba se hospedando ali são os que se perdem na rodovia.
Norman é muito gentil com Mary, e a convida para tomar um lanche em sua casa, que é ali mesmo subindo o declive atrás do Motel. Mary com fome aceita, e após a tentativa de socializar de Norman, contando um pouco sobre si e sua mãe doente, Mary vai para seu quarto no Motel a fim que descansar para prosseguir no dia seguinte. Chegando no quarto Mary vai logo tomar um banho e é ai que é atacada a facadas no chuveiro pela Sra. Bates e morre. Norman faz o que pode para esconder o corpo e se livrar de todas as provas sobre a garota. Mas logo aparece no Motel um detetive particular investigando o sumiço de Mary, a fim de recuperar os 40 mil para a imobiliária. E é dai que toda a história é desenrolada.
(E você precisará ler para saber do resto, pois a partir daqui já é spoiler)
O FILME:
O Filme dirigido pelo fantástico Alfred Hitchcock, é muito fiel ao livro, com poucas alterações e acréscimos.
A história é exatamente como a do livro, e não deixa a desejar em nenhum momento, tornando o filme até mais interessante que o livro. Claro que sem tirar a sua importância a genialidade.
Como só vi o filme após ler o livro pude notar algumas das mudanças, mas como disse, não é nada absurdo. O filme é tão sensacional, fiel e delicioso de ser assistido, que tenho certeza que se não tivesse assistindo perto de quando li o livro, essas mudanças que foram feitas seriam imperceptíveis.
A maior diferença de todas foi o ator que interpreta o Norman, pois no filme ele aparenta ter uns 30 anos (e não 40), e é bem magro, até mesmo meio desengonçado (e não baixo e acima do peso).
Outro ponto é que o Norman no livro acabou me dando um pouco de nojo, no entanto o Norman do filme me fez querer amá-lo, e torcer por ele.
No filme Marion (o nome "Mary" foi trocado), toma o lanche com Norman no escritório do Motel, e no livro isso acontece dentro da casa de Norman, tanto que "Mary" nos descreve a mobília e papel de parede velhos e ultrapassados.
O filme também inclui a cena de Mary fazendo contas em um caderninho, subtraindo o valor que usou para a troca do carro e outros valores pelo total de 40 mil (que roubou), e isso não acontece no livro. Mas quando a história está sendo desenrolada, entendemos o porque dessa cena acrescentada, pois quando a irmã de Mary e o noivo à estão procurando, eles não encontram o seu brinco (como no livro), e sim um pedaço rasgado do papel que Marion fez a conta.
Uma coisa que me incomodou um pouquinho é que o Sam, noivo da Mary, no livro tem uma participação bem mais elaborada e mais efetiva (após o sumiço de Mary) do que no filme. Devo confessar que achei até ele meio banana no filme, com um expressão "chocha" e sem muita simpatia.
Há também outras alteações, mas tão relevante que mude o curso da história.
CURIOSIDADES:
* O livro de Robert Bloch, teve como inspiração um serial killer real, chamado Ed Gein (que também foi usado de inspiração para outros livros e filmes, como O Silêncio dos Inocentes, O Massacre da Serra Elétrica, entre outros).
* Ninguém no "mundo" do cinema deu crédito a Alfred Hitchcock quando ele decidiu filmar Psicose, tanto que o filme foi produzido com baixo orçamento, saindo quase todo do bolso do próprio diretor, que chegou a hipotecar a casa para dar início a produção, e todo em preto e branco.
* O nome de Mary Crane foi alterado no filme para Marion Crane, pois haviam muitas Mary Crane na lista telefônica da época, e foi decidido fazer essa mudança para que não houvesse qualquer problema.
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