O garoto que podia controlar o mar - Contos Peculiares (Ranson Riggs) - 1 Conto por dia #09

Fergus era um irlandês cuja peculiaridade era controlar correntezas e marés, e ele poderia ter mudado sua vida com esse dom, mas sua mãe era uma mulher doente, e ela não poderia viajar para perto do mar, visto que moravam muito longe, para que ele pudesse usar o seu dom e trazer muitos peixes para cara, afinal era um período difícil de fome. Mas ele se contentava com as sobras que tinha, para poder cuidar de sua mãe. Ela o fez prometer que nunca, jamais, contasse as pessoas que ele possui tal dom, pois elas iriam querer se aproveitar de suas boas intenções. Além disso ordenou que o filho partisse para perto do mar, depois de enterra-la, ele poderia fazer as malas e partir. Fergus concordou com tudo. 

Logo sua mãe partiu, e ele decidiu ir embora para perto do mar. Encontrou um lugar onde as pessoas tinha muitos bens, e ele achou que aquele era o lugar para ele ficar. Iria fixar residencia, e se tornaria o maior pescador de todos, já que possuía o dom certo para o negócio. Não encontrou muitas oportunidades de emprego, e na tentativa de pescar descobriu que não haveria nenhum jeito de acontecer. Um senhor se aproximou e lhe disse que ali ele não conseguiria pescar nada. Fergus lhe pediu um barco emprestado para ir até uma parte do mar. Mas o senhor disse que o barco seria destruído pelas rochas. E foi nesse momento que Fergus quebrou sua promessa e disse que com ele não aconteceria, que seria diferente, e mostrou ao homem, que lhe prometeu um banquete se fosse verdade, o seu verdadeiro dom. O homem encantado o levou para casa, e lhe serviu o banquete prometido. Muitas pessoas estavam lá e pediam que mostrasse o seu dom, mas ele não queria fazer de novo. 

Naquela noite, comeu e dormiu, até ser acordado por pessoas em seu quarto pedindo que lhes mostrasse o seu dom. Irritado, Fergus foi até o mar a contra gosto, e começou a fazer o mar se mexer. Logo um barco veio em direção em sua direção, mas foi estraçalhado pelas pedras. Os tripulantes se afogaram e os pertences foram até a terra. E foi ai que ele descobriu de onde vinha tanta riqueza daquele povo. Eles esperavam os barcos vir, roubavam os pertences que ficavam dos barcos destruídos, dividiam entre si, e viviam suas vidas. Fergus se sentiu usado e foi embora daquele lugar em cima de um pedaço de madeira que restou do barco. Mas logo foi resgatado por um navio e muitas coisas ainda estariam por vir.

Eu adorei esse conto. Acho que de todos foi o que eu li mais rápido, mesmo sendo um dos que tem mais páginas. 

Fiquei bem envolvida com a história, queria saber o que aconteceria com Fergus, como ele iria se virar sozinho com o seu dom. 

Uma história simples, mas que me fez ter o mesmo sentimento que tive quando li os Esplendidos Canibais. A moral da história pode casar muito bem com a que vimos no primeiro conto do livro. 

Na minha opinião esse deveria ter sido o ultimo conto, e assim fecharia com chave de ouro.